domingo, setembro 24, 2006

Crescente Onda

Vislumbre a nós
Entre o som e o que jaz em nossos ventos
Atos, veios
Que revelam anseios
Desertos, versos, restos
Palavras sem recheio.

E o que somos ao certo?

Há festas
Teu corpo alerta-me o mal
Na porta perde-se o tempo
Desejo ter teu calor, em meu sonho de lençol.

Nos esplendores que contas
Pelos passos que admiro
Rasgo o livro que abraço
Esqueço o orgulho e o linho
A te ver
Tomando-me as notas e as palavras.

Dê-me tua voz
Deixe-me só
Há mais que meus acentos
Que por teu beijo
Esqueço por desejo
Em tua alma, teus belos
Quadris, pernas e seios
Teus lábios tão impressos
Na meta
Da alma aberta ante o sal
Das costas tuas, teus tempos
Esqueço às vezes de me por no pôr do sol.


Rasgue o medo que me encontra
No silêncio que te digo
Não me cegue com teus lábios
Sereia que causa-me o fascínio
De querer-te
Numa crescente onda
Que me arrasta.

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