domingo, setembro 24, 2006

Não é tarde

Baila do mel o sussuro à luz
Eu não sei o porque seduz
Tua linha da boca ao mar.

Nem mais de mim notei o bailar
Do desejo a desequilibrar
A saudade do que não fui.

Saiba do céu
Um sabor de voar
Nascido do resgatar
A verdade das artes
Tu que me és a nadar
Pelos ventos do mais ver
Mil cidades.


Rodas no olhar
Que quis esconder
Já não sei se és bem querer
Ou o inverso que já quis.

Explode ao mar o satisfazer
De um sentido de querer
Ser do céu uma estrela azul.

E o que é o ceú
O amor e o estar
A teu lado a reparar, ruas dúbias e mares
Se hoje ainda há o véu
A fazer-me nem bem viver
De saudades?

Não sei se amor é este querer
Se é mesmo o renascer
De um pulsar de corações
Mas sei do olhar que quero rever
Do sabor de beijar-te a ver
Entre sonhos teu corpo nú.

Tenhas-me no ardor
De notar
O resgate do saborear
Versos feitos das partes
De um delírio de céu
Do carinho feito em mel
Não é tarde.

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