segunda-feira, setembro 11, 2006

Nenhuma escuridão

Nada mais se recolhe aos ventos
Ou ao mar
Vergastam meus olhos as palavras
Ardem imensos corações
Entre árvores
Siluetas loucas
Dançam vaidades.

E eu aqui
Vendo na palma do véu
A extrema intensidade de um não andar
Como assim
Tudo fosse imenso e vão
E a verdade iluminasse
Nenhuma escuridão.

Não se abale
Não vejo ao norte mais cego
A noite agora perambula
Ao léo.

Artes novas perdem dedos
E calam-se, tolas
Nas estradas as mulheres
Fogem loucas.

E eu aqui
Verdejando a plantação
Me calando vão sobre um teu olhar
Feito assim
Um chicote sem paixão
Uma árvores que evoca
O não frutificar.

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