sábado, setembro 30, 2006

Egotrip

Cortes d'arma, revólveres
No esteio da encíclica
Da razão
Que corrói a espada da imersão
Do sentido de busca sem valor
Do Guerreiro Ogum
Oh! Vãos fiéis
Revolvereis a palavra sem amor
Que não cabe no ímpeto do soul
Que amei no dia em que caí.

Lambe-botas, confusos hiperritmos
Da confusão de versículos que sou
Esperado no instante da flor
Que almejo no dia em que meu sim
Espalhar retrancadas formas-gol
De sabres sem letras
Só o fim
De um extremo e imenso vil sabor
Que não explico mais
Eu sou assim.

Basta-me a cor
E já sei
Recriar flor
Sei-me flor.

Rasga roupas
Não me pergunte íntimo
Ressaber de palavras alto ardor
Não sou bom em recifrar louvor
Meu lirismo é mínimo, é M.I.M
E de mim é estrelador de sal
Algoz de tormentador de sins
Nesta liz que de flor não é o mal
E nem mesmo saibo o que é ela enfim.

Confusão de cansados estrelismos
Avant garde de nada
De autor
Que sabe ,saberei, saber sabor
Rimar ricamente algo que assim
Faça auto de paz
Oh! Vão fiéis!!
Ouçam o grito do homem-gol!!
Veja Exu me fazer bem mais que sou
Saiba Logun e escrevas já quem és!!!

Arde no ardor do ver
Sabor de cor
Mil de cor.

Decorados versículos mais ínfimos
De uma busca noção de vão
De pés
Parca imersão d'água no meu íntimo
Eu que Sagitário hoje sou
E nem sei se meu ego é a luz
Ou se é parte maltratada, ar, cor
De uma rua que em Guadalupe sou
Ou do Soul que hoje de tarde ouvi.

E eu de seios, e mágoas, de jasmins
Rasgo e crio de novo a invenção
Já não calo de mim a imensidão
Egotrip de invernos sem fim
Falo alto de mim, sou desigual
Nas represa que vaza hoje assim
Verso meu não tem sentido igual
Nada tem mais de mim
Sou hoje sim.

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