segunda-feira, setembro 04, 2006

Minha coragem, meu tempo

Queria ouvir da voz de todo o mar
Estrelas infindas
Novo luar
Sabendo assim ser mesmo minha andança
Ser voar.

Sabe, sei do amor a face cinza
Sei da mágoa
E da aventura o mágico pressuposto de arriscar
Das asas as penas
Das mágoas as cenas
Pois abre-se o tempo
Quando for partir de mim o bom amar
Quando meu verso souber se explicar
Quando minhas veias forem estas estrelas do meu mar
Pois do que sei do amor retiro a vida
Vida é arte
É mais
Do que saber-se parco, vil, no humano enredar.

E das asas as penas
Das facas suas lendas
Arrisco ao vento.


Queria ouvir a voz de meu amar
Queria sentir sol, onda e mar
Saber de ti, saber do mundo
Do olhar
O construir da cor da própria vida
Minha casa
Talvez sorrir pelo simples relembrar
Das casas, das cenas, palavras, cinemas
Das almas
Dos ventos.

Sabe, sei do amor a face linda
Não há alma
Que sequer saiba do amor o rebrilhar
Sem calma, sem a intensa palavra que alenta
Da alma o vento
Pois das asas as penas
Das palavra so que sustentam
Arrisco ao vento
Por calma, por intensa alma que sustenta
Minha coragem
Meu tempo.

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