domingo, setembro 17, 2006

A chuva que caia

Palha molhava a alma
A rua andava
E o surgimento da linha
Fazia a guia
Pernas trançavam calmos
Passos de espaços
E o sorriso mais brilha
Quase euforia.

Rostos mais luminosos
Corpos expostos
Dançavam música fria
Frio fazia
Estradas corriam pedras
Areias eram
E as meninas sorriam
Brigavam, caiam.

Chamas nos olhos cantam
Dançam espantos
Sons mais estranhos surgiam
Rostos cobriam
Fantasias de outros tempos
De outras ondas
De quase noção vazia
De um bom dia
Perambulavam por entre o corpo
E o que o poeta ria
Talvez de dia.

Ia na alma fera, a cor de terra
A encruzilhada
A estreada, a rua, as meninas todas
As luas soltas
E A chuva que caia.

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