quarta-feira, setembro 06, 2006

Artista do meu próprio olhar

Hilário é o antinome do meu lugar
Artista solto nos descaminhos
Preciso e busco o mar
De um sorriso de espinhos
Quero o olhar dos Rios.

Por aqui nasce o sol na minha mão
E eu bailo pelos antros do perdão
Por assim dizer eu sou um baião
Um balão do céu
Rebuscando o caminhar.

Sonho em delírios fartos
Brinco a sós
Farto-me de milagres fugidios
Sou injusto e mudo
Conforme os Rios
E vento na míriade das incursões
De meus destinos.

Pois aqui
Sou imenso e farto céu
Cato conchas pelo mar e rejeito o olhar
Que não ri
Mesmo quando agarro a mão
E sou talvez criado
Pelo artista do meu próprio olhar.

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