quarta-feira, setembro 27, 2006

Boa à beça

É sim
Posso não saber dar
Nem saber me portar
Pelas quebradas do mar
Enfim
Posso nem mesmo saber
E nem ter o que dizer
Assim
Como quem dá uma de lontra
Solta-se em vera cidade
Barganha luas a mais
Dou
Todo um querer te saber
Dou um saber nem querer
Um aprender a viver
E sim
Posso ser servo de ponta
Posso ser generalidades
E guerreiro marcial.

Porque eu gosto do cílio
Dos olhos, da malandragem
Da sinuosa imagem
Que empresta
À minha poesia silenciosa
Meu louvar banaliades
Meu olhar de molecagens tão perversas
Uma certeza sem ares
Uma vontade de mares
Boa à beça.

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