sexta-feira, março 20, 2009

A Adelino

Escondo-me do Antrax,
Cansei vovô!
Eu sempre me escondo, sou bom ator
Finjo sorrir e mato filhos de um novo ir e não vir
Receio ter de nascer
Saber ver flor.

Resmungo o porvir
Quero um meio fio
Pra sentar e rir de outro filho
De alguém que viu um jeito de amor
E foi ver flor.

Arde o mar nos olhos enquanto busco alguma paz.

Existem tantos nomes
E eu aqui
Queria ouvir um som, beber sorrir
Crio razões e teço véus
Invento paixões
Sonho ao léu
Talvez eu queria só dormir
Ou curtir dos Beatles um sim, um risco
Um delírio bem tecido
Eu vejo manhãs e não sei só ouvir.

Arde a paz nos olhos onde o mar soube ver-se mais.

Vejo pais, novos ares
Letras musicais e bons poetas
E saco o verso da maleta
Faço um jazz.

Fico em paz
Dormindo enquanto adultos são normais.

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