sexta-feira, março 20, 2009

Dá-me a flor deste teu vento

Revolucionário grito
Sou menino
Sou preciso
Sou o invento em vento sendo
Sábio assim, sou meio início
Solamente o tempo sendo.

Graça é som de sonho vivo
Sol na pele dos destinos
Quase tudo é tão terreno
Enquanto o mundo é riso
Quase tudo é tão intenso.

Tantas pedras tem o Egito
Tanto invento assim desígnios
Que tomaram corpo em tempo
Concentrado em barro e viço
Tudo é tão o monumento.

Temporário, eterno
Vivo, modificador de tinos
Sabes ler o vento, o tempo?
Se souberes faz-me ínfimo,
Dá-me o descobrir o invento!

Só quero morrer menino
Curioso, prazer fino
Quero resolver o vento
E talvez fazer versinhos
Tolamente sob o tempo.


Eu repito o que não minto
Meu valor é desatino
Dá apenas o odor de meu tempo
Num desenho específico
Me permita ser o tempo!

Se eu puder ir em riscos
Já partir de corpo e viço
Quero ter somente o vento a desenhar-me o destino
Quero ser somente o vento.

Não tente ler algum signo
Só há versos, sonhos, delírios
Ladainhas contra tempos
Calculados versos tímidos
Vidas feitas pelo invento.

Já que vou morrer menino
Vou correr criando mitos
Dá-me então o sabor tempo
Dos biscoitos do destino
Dá-me a flor deste teu vento.

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