quarta-feira, março 11, 2009

Tomando de surdo o céu.

Salta luz da brecha fria
O dia reluz nas almas
Cheias em frente ao espelho
Misturadas nas mil avenidas
Há países nas avenidas
Idas, idas.

O sol é um resmungo distante de calor
E o infernal som de buzinas e cinzas
Ares de marginal
Se faz construtor de magias
Refazedor de melodias.

Foda-se a ciência
Amor se faz de boa batida
Tão surda e seca qual o dia
Rotineira alegoria.

É nóis, sem Deus
Sem Deus, sem estado, a sós.

É Nóis sem Deus
Tomando de surdo o céu.

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