terça-feira, março 24, 2009

Tons confusos

Me interessa o mau, o anormal
O espectro incandescente de toda forma de desejo
Para dedilhar o que espero enquanto sorvo o verde som celeste.

Reduzo o tempo a um jeito de nascer e só o riso das auroras
Sabe ler no impressionismo da poesia das cidades
Um grito, um sentido
Uma vida envolta em verdades
Que comem idéias e rejeitam velhos planos
E enquanto sonho
Vago por entre idéias
Veja a cor,
Toda cor reluz melhor de dia.

Esqueça as palavras
Atente pros sussurros
No silêncio há um colorido invisível a quem já fez da lágrima uma prece
Quando o universo invade com graça cada sorriso
Ser feliz por vezes arde.

Um cão, um pássaro, um esquilo
Uma parábola parca de sentido
São vazias respostas ao silêncio que há
Solto no ar
Sendo ensino.

Penso que somos às vezes
Apenas tolices más.

Cada Deus que nos concebe
Nos reduz às suas falhas
Enquanto isso toda noite
Silencia em louvor às madrugadas
Onde somos arlequins e corsos
Palhaçeando um mundo
Onde a paz inclemente
Gargalha em tons confusos.

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