sexta-feira, março 27, 2009

Rei Alah




Do teu olhar eu vi Reis, eu li meu avatar
No teu olhar eu li lei, eu vi Rei Jah.

Escrevo àquela, na pele olho
De cor de preta luz de amar
Respeito o corpo, me faço ente
Escrevo gente a turbinar.

Escrevo à vela
Mares que solto
Neste suspiro negro,
Jah
Reggae minha mente,
A lente Esparta
De arma dada em sol de olhar.


Estrela velha transforma a terra
Favela velha me faz favela!

Orixá rega sol de espaço
E faz escola no olhar fatal
Batuca rindo, reza estandarte
Faz capoeira mundial.

E Deus penetra no sangue esparso
Fraco de medo, fome e tals
Esculhambento põe no farrapo
O orgulho além do sal
Que há no corte do sangue Rio
Libera faca em dente e mão.

E olho o rir Rei
O rir Rei
Sou Jah.

E noto o vir Deus
O Ser Deus Alah.

E asa velha
Favela sonho
Calibra guerra, amor e céu
Fazendo ócio virar eterna
Guerra-diabo e Deus no mel
Dendê carrega o velho sonho
De batucar sem pau regando o chão
De sangue sonho, de show de rua
Sonho de ser vôo-ação.

Favela velha se faz mais terra!
Que faça a velha lua da favela um mar.

E é nós na velha
Na grama e terra
Palavra viva: Rap, andor
Reza repente qual estandarte
Sabendo dor, guerra, amor
E é nós versando, batuque, murro
Sabendo o salto que Jah diz
Quando nos canta lá da Nigéria
Faca sorriso, pau jasmim.

E Jah me diz rei
É nóis rei, é Jah
E Alah me diz rei
É nóis Rei Alah.

Nenhum comentário: