O Rio de Janeiro é a
maior potência nuclear libidinosa da contemporaneidade, fora a
economia e o balacobaco, o resto é várzea.
O Principado do Rio é
dividido entre o Centro (Que vai do Estácio à Laranjeiras, do Santo
Cristo ao Rio Comprido); o Reino de Santa Tereza (Que é Santereza e
o boteco do Bairro de Fátima); A república fodástico-revolucionária
semi independente Escola de Samba de Madureira (que vai de Madureira
até a praça Seca, do Campinho a Marechal Hermes). Depois fica o
resto, um grande limbo de significâncias dominados por Bangu.
Talvez o Vale do
Paraíba, um tipo de Atenas com preguiça, seja um concorrente à
altura.
Perto da contribuição
sócio cultural do Rio de Janeiro, secundado pelo Vale do Paraíba,
nem Bizâncio, Atenas e Paris chegam perto.
A maior contribuição
do Rio de Janeiro para a humanidade é o Partido Alto. Qualquer
Partido Alto contribui mais pro pensamento da humanidade que toda a
obra de Caetano Veloso. Diria que o Partido Alto são os clássicos
de Marx, Durkheim e Weber com balacobaco, ziriguidum e telecoteco. O
Partido Alto foi o que levou a Nietzsche a cunhar a frase "Não
posso acreditar em um Deus que não saiba dançar".O Partido
Alto levou a Gramsci a entender o conceito de Intelectual orgânico e
a Ginzburg a criar a categoria de circularidade
O homem inventou a roda
para fazer um pandeiro pra tocar Partido Alto, o resto foi adendo.
A existência do Rio de
Janeiro e do Partido Alto fundamental a existência divina e tornam
Salvador um adendo luxuoso , assim como Recife, na suntuosidade da
antiguidade fuleiragem, da galhofa como modus criandi.
Sem o Rio o universo
latiria.
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