Espadas, claves, luas cheias
Esteiras sóis, manhãs inteiras
O mar é o lar dos sonhos para mim
Esperei ver por entre estrelas o lumiar do ganha pão
A cor da vida, a alma cheia
A paz dos homens, o som são.
Vi rebrilhar a faca das vitórias, a dor
Vi-me luar, num solitário mar de ardor.
E dos mil homens, das mil fêmeas
O que me fiz, o que me sou?
Ao sol o céu parece um lindo fim
Entrelaçado às bandeiras que foram jogadas ao chão
Se já morri a luz que enfeita é outra estrela ou ilusão?
Vi-me sem mar
Calado entre seixos e o horror
De me secar na ausência da arte
Só dor.
E vai que a vida, assim certeira
A rir-me deu-me o bom sabor
De ser-me assim qual fogo a me queimar
E assim sorriso de brejeira arte com asas e paixão
A áspera voz perde a estribeira e dá-se inteira em coração
A um ofertar de leveza, de arte
De ardor
Deixe-me olhar-te dom entrelaçado ao amor.
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