O meu medo é ser só palavra
E a asa quebrar de nascer
O meu medo é ser uma forma qualquer de morrer
E talvez esquecer de ser paz
Eu só quero me viver mais.
As dores são morrer de arte
Dor me faz renascer
Eu me torno tanto bem
Se a flor e o horror me formam cor
Cor me forma outro ser
Me torno livre
E a cem pinto-me jaguar
Me vento e o vento me tem.
Um som, um vento, um dom, uma arte
Voz de linho
Um segundo, um pingo, uma tarde
Trens correndo em trilhos
Pedras de renascer
Segundos de ser bem
E o segundo alheio à flor
Me torna vivo
E além
Talvez o som do mar me faça bem.
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