segunda-feira, maio 21, 2012

Amor: Palavra Rei

Ouço o som das montanhas
Grito o horror dos mil dons
Sigo meu tom na voz de outras gentes e canções
Sigo minha voz na voz dos outros
E me deito à lei
Sei forte
Sou forte
E digo o som do nome, o som da fome, o som da lei
Sigo a velha lei.



Digo o nome e sobrenome
Grito um jeito de ver a tez
Das palavras, das mulheres que surgem nas ruas e camas
E de novo assim tão verde
É o insano gosto, a grei das espadas que me obrigam
Das palavras que amei
É um som, um gosto
E não nego o que me diz este coração de amor
É agora um sentir vivo
Como quando começou
Essa vontade
Essa voraz força que me invade.

A alma vira areia
Na areia viras mar
A alma passa e se dedica a voar
E sinto paz
E sinto a paz que arde e vai
E sinto a paz de uma guerra que me sei.

E esse é o nome do amor
E esse é nome da dor
E esse é nome do mar
E esse é o nome do amar
E esse é nome
Que me dá fé para a batalha escura
A dura batalha dessa vida tanta
Dura batalha de uma vida e dança, de uma vida e canta
De uma veia.

E Ouço o som dos mil nomes
Torno-me horror e invenção
Sigo meu tom na voz dos outros
E das velhas canções
Solto meu dom na voz dos outros
E requebro o dia
Sei nobres forças, fomes
E sigo um som do nome e o nome me faz rei
Amor: Palavra Rei.

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