Um afago
Apenas um afago
Coxas para por a cabeça em um dormir entregue
Seios para segurar enquanto dorme-se
Leros, palavras doces soltas
Ruas, cidades, largas avenidas de um ser sem proteção
Um jogar-se janela afora da segurança
Um lançar-se como quem implode
Um ser, deixar de ser
Um vulnerabilizar.
Um afago
Um beijo, um cheiro de ser
Um cheiro de meu
Um cheiro de teu
Um liso descer das mãos às pernas
Ao desejo
Um amar de boca e alma aberta.
Assim a janela ouve canções
E se oferece.
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