Meu frenesi é um papo
Um jogo pesado, uma hora, uma besta
Meu coração solto às feras
Controla-se fera
E derrete a cabeça.
Já não aguento quem disse toda essa porra de razão
Calo-me
Canto um fado
Arranho o ódio com a mão.
Rasgue o caderno, me dê vinho
Deixe que eu perca a cabeça
Pois meu sentido de riso
É um passo que me faz ser presa
Dê-me inferno
E em vão
Dê-me um terno.
Meu sem nome é medo
Meu sonho é passado
Meu urro é uma peça
De segundos cravados no jogo do ogro
Que morde a beleza.
Já não aguento quem disse
Toda essa estranha canção
Calças me fodem as partes
Pernas me incitam paixão
Tudo o que trago comigo
É essa maldita cabeça
E tudo que incorro em perigo
É morrer de tarde às terças.
Tudo é inferno
Tudo é terno.
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