Uma afago ante o muro
Ante o murro no vadio
Ante o beijo e o sussurro, o escuro lavradio
Um carinho ante o teso desejo sem salvação
Um carinho, um grito um gesto
Uma luta sem rendição.
E porque não ser assim?
Porque não ver assim?
Porque não ser amor desabrigado nesse fim?
E porque não ver-te assim, me ver assim em ti, em mim
Sendo um jeito de querer que desapega o meu ser do amar?
Um segundo, uma semente
Um olhar pelo ladrão de canaletas desenhadas, em muros, morros e mãos
Um jeito de ser sonho que parece até cruel
Um livre jeito medonho
De rasgar qualquer papel.
E porque não ser assim?
Porque não querer assim esse beijo de amor que não se guarda além dos sins?
E porque não ver tudo assim?
E por que não ser tudo assim?
Porque não ser esse querer e chamar ele de viver e amar?
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