quarta-feira, outubro 25, 2006

Ao Desejar

Rosas noturnas cantam sinos
E há bem mar
Nas asas dos desatinos os olhos cansam
Voam nuvens sem neons nas luas que não nos alcançam
Calam-se crianças mortas nos silêncios.

E assim
Partem almas pela smãos
Deuses feitos dos ares do teu velho olhar
Tu assim
Qual Moura que fez das mãos
Um tecer de histórias e de paixão.

Calculo o significado dos extremos
De nosso olhar
Conto as horas que nunca passam aqui perto
Bailo nas segundas-feiras, terças e quartas nos versos
Luto contra relógios mudos
Que me condenam ao tédio.

Bailo assim
A buscar-te ba visão
Escrevo sem poesias versos de rimar
Sem assim
Ver-te sob o tempo, ao chão
Nua e deitada me esperando ao desejar.

Nenhum comentário: