sexta-feira, outubro 13, 2006

Uma aurora

Noites claras sobram entre o jasmin
E a praia.

Jasmins tocam o infinito
Em doses de som exato
Enquanto o absurdo e lírico
Amor
Desbunda-se calmo.

Enfim a turba repara
Nas nuvens que em riso se mudam
Quando uma jóia rara
Rompe a mesmice e é lua.

Astronautas de meus mundos
São sins
Nesta hora.

Assim que rompe-se a velha alma
No caminho da água mais pura
O peso, que é só, dispara
E a leveza se apruma.

Ali no extremo e raro
Destino de ver outro riso
Sozinho apenas reparo
Como é doce o sentido.

Nas vanguardas de outro mundo
Há um fim
Quase aurora.

Por fim
Algo me faz menino
Eu rindo na beira do riacho
Sem ver ausência de riscos
Mas vendo o novo encantado.

Sem mim
Doura alguma pele
Salta longe um peixe lindo
Saber é talvez ser espécie
De chuva que faz destinos.

No olhar que hoje aprumo
Há de mim
Uma aurora.

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