quinta-feira, outubro 26, 2006

Ouça que amo você

Digo que amo você
Só pra derreter calotas de gelos mil
Finjo nem mesmo aprender, finjo desdizer
Digo assim meio Abril.

Rimo praia com dendê
Misturo querer com Puta que o pariu
Faço poemas procê
Deduzo você
Tátil como quem não dormiu
Torço pro Flu se fuder
Quase sem querer grito que o gol foi mil
Quero fuder de você
O teu bem querer
Teu corpo, sonho e perfil
Quero saber de sonhar
Quero te saborear
E depois ir assim solto
Pelas trilhas do meu rosto
Que brilha quando vê todo mar.

Quero comer com mão
Ver um avião
Misturar rum com alguma fé
Bailar de Cuba a nação
Balança nação
Rumba com Samba dá pé
Quero me apaixonar
Depois reapaixonar
Por teu jeito de milhão
(Gente praca, irmão!)
Que me seduz de olhar.

Rasga meu novo blusão!
Faça isso não!
Tira minha roupa legal!

Bailo de novo voar
Olha além mar
Santa Tereza Cristã
A me deixar rebolar, batucar no ar
Céu de Guadalupe vão
Deixa eu te acordar
Depois me deixa te lambuzar
Com algo meu que tem gosto
E desliza por teu corpo
Ciente do jeito dele andar.

Fala farinha de pão
Toque um bom baião
Vamos pro arrasta-pé
Deixe Caetano pra lá
Vamo rebolá
Curtir um samba qualquer
Rala comigo na mão, ali no portão
Beco de Santa a temer
Foda-se Colômbia e Marzão
Itaiputom
Quero saber de você
Nem precisa me dizer
Ouça que amo você
E só respiro de novo
Por saber do teu gosto
Que meu corpo curte aprovar.

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