terça-feira, outubro 03, 2006

De Cabeça

Ri
Sem nem saber esconder
Sem nem saber mais dizer
Rachei de mim algo em rir.

Ri como quem esconde sombra
Como quem fala bobagem
E samba vaga canção.

Nestas barcas que hoje cruzam
Mares de ventos e represas
Explosões em expansão
Eu procuro uma instância
Sem mais intermediários
Pra dizer na palavra
Corpo e carinho.

Numa intenção ciosa
De gostar intensidade
Abraçar tua cidade
Com a pressa
De quem descobre das rosas
Nas esquinas, nos destinos
Uma alegre revontade
De ver festas
Nas belezas do teu riso
E quem saber ser teu sonho
Abraçando vento
E indo
De cabeça.

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