terça-feira, outubro 17, 2006

Olhar que me acolhe.

Vagueio em obtusos
Frutos de uma paixão que decepa o ontem
Como se lua à toa
Nova que brilha em partes
Em flores
Que escolho em esbulho
Que nutre invenção
Com o lirismo que ouve
O sussurrar das mil estepes
E cavalga nas árias que recriam pessoas.

Como não dizer encantos
Se há no olhar o mar das ruas soltas
Subúrbio em graus
Que ornam versos muitos
Que mando pras gentes
Que amo de um jeito grande
Esperando teu nome
Dar-me um verso
Um sol, um enxame.

Espero cores e astros
Vagos nos luares rasos
Que me esperam nas incertas
Cores belas da donzela
Que arde em mim como astro
Um sol entre flores.

Vagueio em muros mudos
Repito ordens a surdos sem porque
Calo noites por teu sobrenome
Exagero meus atos, falo alto
E noto sóis dispostos
A verem-me novo, no ócio
Dos dias de viver.

Espero o metrô errado
Durmo nos ônibus cansados
Calo à vera
Falo sem pressa
Tenho pressa
Toda a pressa dos meninos revoltados
Me noto sem cores.

Vagueio em confusos
Confusos sóis vivos
A ler
Na nostalgia dos meus astros
Um sabor de querer-te ver
Te vi além
Ali
Em meio ao largo
Dos Cariocas cansados
Das luminosas do espaço
Estrelas velhas, luas,
Meras, sempre meras, repetições do teu calmo
Olhar que me acolhe.

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