Como dar-te o sol, a invenção da luz?
Se tua íris negra
Contempla da vida, nas manhãs
A invenção do eterno em meios aos dentes
Qual faca de lâmina inteira, ardente
Que corta a invasão dos medos sem fé.
Como entregar-te o dom dos servos azuis
Que como eu também, se lançam, cavalheiros, na invasão?
Nós que somos o límpido clamor do herói
Somos assim a voz que constrói
Vivendo o afã de guerras e sons.
Há no ar a fragrância de Deus
Há teu ser
Há no estar entre as flores de Deus e teu ser
Um lugar, um luar, um voar
Um ficar
Em meio ao sol
São.
Angelus
Teu signo
Muda-se em lei
Como um encanto prateado do sonho que te vêm
Feita das estrelas que não achei
No olhar sem cor dos homens sem reis
Eu calo a muita santa indignação.
Meu anjo de amor
Veja o sol assim
Rompido com o véu da cegueira santa da razão
Note todo o insano rebrilhar dos sonhos plantados
Na alma que há
Jogada ao léo das noites em vão.
Há no mar a instância de Deus
Há teu ser
Há no estar de minha ânsia o Deus de teu ser
No meu mar, no meu ar, no meu ir e voltar
Por entre a paixão.
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