Não bastam luar, folias, beijos
Estrelas escrevem peitos
No cerne do viver
Enquanto meu sonho imperfeito
Custa sóis a nascer.
A tamborilar de verso os dedos
Repartem talentos sobre o verbo amor
Aquece já o ar
Talvez o jeito
Dos corpos em pleno fervor.
A da vida
Uma dança ensaiar
Um querer bem demonstrar
Afinal dois mundos
Traçam linhas
A conhecerem-se e ver
Nas besteiras do coração
Uma rua, um mundo
Um som.
E neste dançar de alvos cheios
Começa o rumbar de um velho tambor
Que talvez seja só o peito
A desejar sabor.
Não basta gritar a ventos feitos
De cores que voam em torno do nascer
Mas basta querer qual feiticeiro
Magicar o viver.
Entre linhas
Quero seduzir teu mar
Tua terra, teu olhar
Quem sabe teus mundos
São a trilha
De um renovar do ser
Note toda a amplidão
De um toque, de uma canção.
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