segunda-feira, outubro 16, 2006

Arlequim

Ardem em mim
O Huno
A Garça
O moleque
A doida
Um arlequim
Que transfigura água em outra pessoa.

Nascem em mim
O brilho
A Harpa
A distância
A folha
Um arlequim
Que desconhece não lanrçar-se à proa.

Qual sorriso nunca findo
Que arde em brasas de afirmação
Nasce este saci de tiras
Europa errante, clown afronegão
Rebuscante lua aflita
De Ásias feitas de pagodes e liras
Áfricas de poesias
Rosas sem ventos nem alternativas.

Qual luminar de afrontas
Salta e ressalta o libertar dos dias
Como se o sol já fora ditador de cartas
Calores e trilhas.

Arde arlequim
Nos versos sem calma
No voar à toa
Pelos mil sins
Do tom que enverga a rubra cor das moças.

Arde arlequim
Menino que bandeira a rua toda
Sai mais de mim
Passeatando avenidas soltas.

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