quarta-feira, outubro 25, 2006

Ausência

Há mil horas em cada uma que vai
Eu em planos de medos e ais
Meio aqui bem calado, roendo um bocado
Um dedo, uma unha, um sentido sem paz.

Todo aflito sossobra no gás
De pensamentos fluidos demais
Fantasias arriscadas, bem amendrontadas
Falando do fim, do chorar, do mudar.

É o que é este risco de ser para o ser
Esta brusca comida no cerne do ver
Este querer morrir entre fins tão banais
Será um mundo triste
Ou será algo mais?

Será tudo fantasia demais
Será tudo uma ausência de paz?

Já só sei que me torno aqui tão pequeno
Buscando a ti em cada único instante
Cada instante de ti
Cuja ausência é demais.

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