segunda-feira, outubro 23, 2006

No espaço de minha arte

No teu corpo meu sentido destina-se mar
Rasgo palavras feitas de outro sorriso
Busco o inventário do músculo solto e preciso
O espasmo
O pasmo súbito rouco grito.

Vago em ti
Como se milagre à mão
Anotado em papel de pão
Inevitável ritmo.

Vago assim
No crepúsculo do chão
Deitado e eternizado
No grito, na explosão.

Parto sem princípios por você
Por te gostar
Teu sabor me torna multiverso
Estelar revolução de astros
Planetas, tempos
Multidão em fúrias, corpos
Margens
Inventos.

Calo assim
Com tua língua em meu céu
Minha alma emoldurada num grito sem papel.

Calo a mim
No tocar, língua
Ação
No espocar dos prazeres
Que escorrem em minha mão.

Versejo lugares, ritmos
Por te amar
Escrevo princípios frouxos
Vago por milagre
Pelos traços curvos deste corpo
Que me invade
Com a precisão dos mártires
Que se apropriam dos sentidos de cada arte.

Venha aqui
Me alimente ocm tua mão
Trave e trace curvas em meu coração
Caiba aqui
No meu sonho solto ao véu
Neste espaço que minha arte
Dá-te em mel.

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