quinta-feira, outubro 05, 2006

Feliz por te ver

Lábios correm a ver do limite do lógico
Algo solidão de cores feitas óbvio
Ato de rancor
Que morre sem ler a astronave tempo
Por rever-se a ser a ilusão do invento
Entre as dores ínfimas deste drama que é explosão
Como se palavra, como se sentido
Como agora, já real e nítido
É o beijo que conciso traduz-me sal.

Ardo assim por mim
Por fim nascendo outro
Pelas multidões que teu sorriso imenso
Traz sendo invento
Ardo por meus múltiplos olhares turvos
Por nascer no ser que reinventa o vento
E querer do brilho dos olhos uma nova ação
Que me faça asa
Como faz-me brilho
Este teu fazer-te outro idílio
De poeta já caído
Neste colo, só, total.

Cale-me
Beije-me qual mundo
Faz do inverno fugidio o canto
E na primaverice do tempo
Me deixe ver como é lindo você.

Rasgue-me enquanto crio o mundo
Eu e Deus no balé de esperantos
Argonauta de teu corpo e sexo
Que só assim, findo assim
Se é feliz por te ver.

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