terça-feira, outubro 03, 2006

Dá-me agora logo um beijo

Saber de fato o calor
Do toque e da vontade
De mergulhar de fervor
Na maresia das tardes
É navegar em perfeitos
Pirineus de mares batidos
E saborear sóis e meio
Entre dedos contraídos
De uma fome de alma
Que rola em dunas esguias
Sem a calma estagnada
Dos que não comem poesia.

Só o deliciar-se inteiro
Entre meus olhos de mar
E uma montanha de desejos
Que contrairiam-se estar
Entre as vozes dos azuis
De minha alma de lua
Que nascendo aos sóis, ao sul
Rabisca flores e ruas.

E assim ia sem porto
Nos teus caudalosos seios
Navegar de sonho e corpo
Dá-me agora logo um beijo.

Nenhum comentário: