quarta-feira, outubro 25, 2006

Sem fim

Artes de março calaram-me desmundos
Rogaram-me refundos de mar
Entre sonhos e sons
E retornaram como se Taurus mútliplos
Áreis de cornos tão curvos, saltando por mil paixões.

Fizeram amor
Como se música
Entre trevas de cetim
Luas doces tão em mim
Que do amor
Fizeram tuas
As palavras que assim
Tornaram-se sóis
Enfim.

Artes de espaço
Construiram malungos
Bantos anzóis de musgos
Feitos feiticeiras em tons
Que recriavam beijos balangandungos
Mouras mãos que exploram fundos dos corpos
Em insana ação.

Por amor
Tomaram rumbas
E dançaram pelos mil bailes que tornam gentil
Cada flor
Cada macumba
E reescreveram sem ter fim
Toda história dos teus sins.

Estas artes passam
Como se por teu canto
E assim recriam-nos encanto
No amor que somos
Sem fim.

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