Cancioneiros e sorrisos
Leis que vagam pelos ninhos
Que deitam nos trilhos dos sorrisos
E deixam o morrer ser desígnio
A dor do desejo, o horror do mundo pobre
E o grito que nos faz mundo
O horror de ser desejo
De ser eixo, ser menino
De ser um corpo aceso entre destinos.
Cancioneiros e limites
Esperados pelo siso
Pelo juízo da corte, do corte, do quadrante
Entre a honra atolada em letras e palavrórios assassinados
E a morte acompanha o segredo das bastilhas
Esqueçam companheiros: Não existem camaradas na porta do destino.
Cancioneiros sangram cortes
E somos tão semelhantes
Calados e tão fervidos nas porradas tão diárias
E aqui temos o bom dia
E a velha melodia
A covardia dos atentos sonhos das seguranças
A morte das esperanças
E aqui estamos
Na lavra da morte e da lida
Estamos aqui tão mortos
Tão cravados de sentidos
E tão mortos feito Cristos sem espinhos.
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