Astronaves, parques, flor de lis, bandeiras e signos
Segundos anteriores aos mares e ao desterro
Desenhados em desespero ambíguo
Em esperança, em vícios
Em corpos banhados em sorriso fútil.
Carpas, flores, índios, gringos que riem e fingem
Olhos rudes, sorrisos vãos, corcovados, espelhos
Reluzente desprezo
Feito em contas, gritos e alma toda imensa.
Faces, contra-faces, ascos, risos, gingas, grilos
Espadas, tambores, assaltos, morros, ventos
São estradas na areias de um marítimo deserto
E no sorriso há a paz arrogante de todos os povos
Que se fincam nessa carioca amarga felicidade suprema
Acidez combina com meus protetores labiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário