Escondo nomes e sumo como quem vai só ali
Olho adiante do mundo e pós-vejo grades
Espalho a alma no corpo e traduzo a dor no sorrir.
Entre as luzes que a vida me dá em cacho
Colho passos, colho fé e vou mulher
Entre pernas, entre seios e vertigens das favelas
Que costuro no meu mundo e amor.
Meio segundo de medo e o riso me pareceu solamente
Uma tolice, um rugido, um medo, uma forma de fugir
Meio segundo e o mar me soprou a verdade e livre fui em frente
Mais um minuto e nem eu mais estava ali
Nessa fuga pelos mil medos e mil gentes
Nesse correr, nesse morrer de amor
Procurando desaparecidas almas velhas
Companheiras, primas, velhas formas de calor.
E se sou um paradeiro de ovelhas
Deixem-me ser apenas quem não sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário