terça-feira, junho 05, 2012

Que em mim é poesia

O meu deus mora nos seios da lua
A lua gagueja sorridentes que parecem seus
E as almas são vadias
E tudo parece estrela
É tudo rua
E tudo parece nuvem.

Estrelas envelhecem
E ternas nos fazem grandes luzes brilhantes
E a paz é a calmaria.

As ruas me trazem morenas e almas pintadas
Com perdidos cinemas e vontades ariscas
Que me livram das dúvidas e dos medos que enxertam o ódio nos olhos
E a vida se parece terna.

E encerram os montes a paisagem deslumbrante
Toda a paz torna-se dia.

Filmes me buscam calado
Leio mundos na Terra
Creio na Deusa Terra
Creio no Deus que em tudo brinca
Escrevo por ter certezas
Escrevo por ter magia
E ter medo de maus dias.

Estrelas erram
E é tão distante o meu mundo delirante
Que a paz se torna vida.

Escrevo como quem teme o fogo e no fogo nasce um dia
E escrevo por ser a primeira vez
E eterna vez mais um dia
E é assim, e é gente, é rua, é lua, é magia
E a alegria me faz verso.

Estrelas legam ao olho distante
Um estar, um ir adiante
Estrelas calam a alma
E dão bom dia.

E é de tudo o espaço, a alma, a falha, a coragem
Viver é como ir de manso fazer eterna viagem
Olhando janelas fechadas
Olhando almas ternas
E ver o mundo nas faces.

Estrelas enxertam no sonho andante a ilusão do caminhante
E a paz faz-se um dia.

As espadas calam brados
Escritos calam o amor
E a beleza sincera da História é meu calor
Vejo o mundo como a vida
E a vida é tempo, Deuses, Imperador
E a rua tão vadia
Que tem tempo, querer bem.

Minha vida é ser veio da Estrela
Que encerra na História o andante mundo velho caminhante
E que em mim é poesia.



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