sábado, junho 06, 2009

Febre

Quebrados degrais
Luzes de novo
Um azul
Um novo feitio de notar o Rio
Reduz a urros os musicais
Sentidos sutis da febre.
Queima-me o riso e me dói o jardim
Enquanto escrevo o reluzir
Pisco detalhes feios 
Especulando o astral
Em torno de amar e rir.

Vá embora, mal!
Hoje sou Jesus
Caminho  para ti
Me torno um gibi
Escrevo quadros canibais
Especulo o fim da febre.

Quase que gripes se tornam mortais
Espelhos quebram-se sem vir
Notar a rua velha pintada como mural
Bonecos andam a sorrir.

Corte o gosto de sal
Eu quero a luz azul
Quero mudar o vinho
Quebrar o destino
Sagrar turbantes em animais
Sentir-me novo em febre.

Seca a voz se dói entre um mentiroso novo sim
Tudo muda em novo e veloz som
Sou apenas um sentir.

Quebre-me em paz
Dê o bom Jesus
Quero ser assim
Rei de David
Aguardando o ronco anormal
Do estômago em meio a febre.

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