terça-feira, junho 09, 2009

Teci-me camisa

Vai ver é hora de olhar longarinas
E tudo me aperceber
Rotineiramente
Diuturnamente
Saber
E entregar-me
Aos métodos e maneiras
Aos desleixos e longevas vozes.

Vai ver que morrer é diário
E o enquanto se ouve
É um sussuro
Um milagre momentâneo, comum
Talvez o comum seja o milagre.

Tanto se quer e quis
Que o sorriso guardado em meus olhos
Se reconstrói em outros
Danado que é
Fica entre mentes e corre o céu
E as luzes roxas de uma noite qualquer
Não escondem a tarde que banha o sobrado
E me dá o frio.

Além do tempo
Tudo se é
Tudo é ver
E perceber a língua
O suave tom de idas e vindas
De partidas que marcam nomes
E o som dos medos
Cala-se
Pois a aventura sempre recomeça
E sempre termina
O importante
Sempre
Foi o caminho.

Hoje teci-me camisa
E amo o novo.




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