Hoje já morri quase menino
Renasci quase que indigno
Revi olhos e ventos
E construí meus sentidos.
Tocando destinos
Acreditei nos vícios
E morri em contratempos
Quis explicar o invisível
Mas como ensinar ventos?
E assim em cenho e ritmo
Acreditei no meu íntimo
Mas o invento é um sorriso
Que some entre os momentos.
E o lamento que hoje vivo
O sorriso que inicio
É do tempo, um só elemento
Gasto ele com meus livros
Sugiro um reinvento.
Grato pelos sonhos líquidos
Lavo os olhos e preciso
Sigo o legitimo intento
De sobreviver a isso
Pelos tempos, pelos ventos.
E rezo agora ao espírito de uma explosão
De um cio
E respiro o vento, o tempo
Ser sagrado é ser sentido
Ante o tempo, ante o invento.
Noto o sol e renascido
Uso o que aprendi convicto
Vendo pedras e elementos
Bichos, nuvens e outros signos
Deste Deus eterno tempo.
Na partida do que sigo
Eu que não sei ler fingindo
Canto um desses sons que tenho
Do silêncio aprendido
Rezo a Deus haver mais tempo.
E percebendo o riso
Do que importa, do que é nítido
Já percebo o movimento dos circulos do destino
E acordo enquanto há tempo
Para versejar benditos
Novos anjos de improviso
Que comovem meus momentos
Enquanto desejo ser lírico
Pra pintar um novo tempo.
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