Rememore a parte
De sermos eternas notas
De sabermos horas
De vivermos formas de ar.
Rememore a nova mulher que desperta
Nas asas que falam
Nas salas, nas malas
Nas valas
Onde se cala o mundo, o sussurro
O soturno rastro da calma, da malta que se desfaz no sofá.
E se calamos tudo, no sussurro mais soturno
Que há de se fazer?
Cale-me e se case
Beije-me na porta e no jornal
Escreva a nota que normal nos transmute em roça
E me faça agora um chá.
Sonhe-me na porta
Me transforme em formas de asas
Em falas de nuvens e almas
E em um sussurro que nos faça mundo
Ame-me na calma que arde e faz
De tudo um mundo intenso e tão puro
Que nos faz renascer.
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