A dor que corrói as amarras
Do medo e nos faz já desgraça
Talvez fosse um mundo feliz.
Se fosse a paixão em desabrigo
O ódio de inveja e delírio
Se fosse apenas mil rugidos
Talvez ruas fossem o rir.
E enquanto se contam as folhas
As ruas, as calmas, o mar
O medo é a única escolha
O ódio é o seguir.
Mas talvez meu mar seja um riso
Até o retumbar de mil gritos
De gol nas peladas de meninos
Talvez haja uma festa enfim
E tudo seja uma bravata
Um engano, uma má palavra
E esta ausência que amarga
Seja o limpar do meu ir.
Mas hoje o que há é desgosto
É dor embalada no mar
E tudo é um cinza sem gosto
Qual o gosto do sorrir?
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