Dê-me um tom L'amour de dias
Cale-me em contraindícios
Regue-me não flor
Me dispa precipícios.
Olha em torno: O inverno é o clima propício
Para Deuses malignos
Eu só quero agora vida fictícia
E delírios prenhes de lombras
Ressacas, nuvens tonantes sem fé
Eu desejo o mar da morte com peitos
Eróticas receitas
Ilusões rarefeitas
Perfeitas.
Dê-me um jornal sem linhas
Cala-me
Me contradigo
Não me oponho à dor, ao horror, ao homicídio
Falando sério? nem mesmo ao suicídio
Mas só quero ver discos.
Não, não bata a porta!
Não acorde a vizinha!
Hoje é meu dia de sombras
Respire o mais rápido que puder
Pois eu quero o olhar feliz, esfuziante.
Meu universo é renascer
Talvez eu tenha de morrer pra ver.
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