segunda-feira, junho 15, 2009

Negros em roupas de cor



Ruas novas me trazem sons de prece
E há mais
Conduzem negros em roupas de cor
E musicas de um Deus que cresce
Em igrejas novas
Entre a suburbana e a abolição
E todos nós morremos
Como se houvesse mais
Entre litros e litros de duzentas novas bebidas sem sabor
Assim como quem constrói a paz
E há mais.

Esperemos que algum dia a vontade de ir mais longe que nosso umbigo
Seduza muros e cadelas feias
Que rompem com seus pais
Há mais
E todos construimos a paz dos normais.

Quero ir ao longe demais
Quero mais
E sabendo que tudo de nós é assim como um desejo de ser rua.

Sem meio tom permita-me ser breve
Sempre há mais
Entre toques de sons e vontades e dons
Entre coros de negros e mulheres
Reduzem o tom
À dizeres feitos de prece
E eu só queria o som de saber prece
E sei que há mais que isso
Há litros de bebida doce e gosto de vento
Entre irmãos
Gosto de semen entre os sãos
Sabor de vento em corpos que ardem
De uma febre composta de litros de desejo de morte
Retalhada em carros e cegos
Pedindo paz.




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