domingo, junho 21, 2009

Um peito a sós


Trilhos, trens, Bondinhos, pontes
Invenção de nomes, de homens, de ver, de rir
Ao longe lembro de comer caqui.

Ri nas dúvidas, menino
Hoje saudosismo a me repetir
Quase um pai que morre aqui e ali.

Nunca doce, nunca amaro
Seguidor de raros garimpos de ir
Sabe lá agora onde rir?
Enquanto me estendo dos prantos aos risos francos
Sem sequer sentir
Suburbano me vejo sorrir.

Podem escolhas criarem asas de condão e espadas de som?
Pode a razão me ensinar a ver ilusão?

Paulatinas vias, fontes, repare nos bondes
Como é bom viver sabendo de cor o morrer!

Rasgue a tinta nua que liberta
Coma a fruta esperta
Note um som de ser
Entre as aspas do a pé.

Rio de amanhã supimpa, de manhãs enigma
Rio de meu Deus
Note o mar que nunca morreu!

Trilhos de jardim, banais homens rindo do astral
Curtindo o som do ver
Todo dia eu posso morrer!

Gotas de mundo escorrem no rosto enquanto assevero a saudade do sol
Risos de mundo percorrem um peito a sós.

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