Repirar nem dói tanto assim
Talvez nascer
Considere digno um dia sem mim
Talvez morrer
Calado me torno simples voar
Espero incertezas pra perdoar
Nem sei relembrar o som da minha voz
Aguardo lembranças em meio aos bemóis
De um som que me fez criança.
Reparo na ânsia de todo mundo amar
E ver você
Chorar derrubado, querendo matar
Talvez teu Deus.
E eu que inventei de nunca chorar
Não por querer mas por precisar
Reparo na dúvida que tenho e trago
Do mundo ser tão raro.
Vivo em paz
Talvez na secura que nada provou, além de meu tom de ternura pra pouco amor
E muito fel.
Calado eu olho a dor da tarde
Espero incertezas que me devastem
A rua me avisa que o que arde
É a imprecisão de meu próprio alarde.
Vou fazer bobagem.
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