Deixo-me a pé nos sonhos
Crio saudades
É bom
Deduzo palavras do ninho de um pássaro azul
Que faço vivos, intensos, sons
Calo-me
Espalho-me
Quero ser bom.
Todo o dia a manhã
Faz calar algum som.
Sussuro canções bonitas
Lamentos, batuques de cor
Revejo o som que acalma uma vontade de ser furor
Rimo palavras justas entre risos
E em lágrimas sou só rancor
Cresço, e durmo digno
Com rubor.
Daqui de cima é bom voar!
Astronautas de sóis acham bom.
Repare nas estrelas feitas à mão
Pelas crianças do céu
Repare entre dentes um vento
Um sonho, um véu
E escreva palavras sem nomes
Para que tudo seja meu
Gosto de ser senhor de algum Deus.
Bom de rua é de manhã
Bom de sol é ver-se azul.
Tantas estrelas dormem de dia
Enquanto os cães parecem saber de ver
Pássaros, ruas, delícias
Mulheres de comer
Festas de fim de dia parecem tão belas
Que eu quero viver
Talvez eu morra sem morrer.
Rasgue a noite, dê-me um tom
Ensine-me violão.
Parecido com o vento, o tempo sorri tranquilo
Enquanto o mundo deduz o fim
E resistindo ao medo acordo o intento de dizer sim
E reparo na palavra sagrada, que li algum dia
Escrita no verso em latim
Que esqueci olhando teu sorrir.
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