sábado, junho 06, 2009

O novo ver

Se eu  soubesse ler perceberia o óbvio
Ao sabor de rostos enevoados, noto dores de novo amor
Se fosse pra ver milhares de venenos
E romper o medo de ser tão pequeno
Já seria ritmo surdo que me é minúscula flor
Dê-me algum Valqueire
Um universo antigo
Quero só notar o gosto do estribilho
Rimar beijo, amor, mamilo
Ouvir Caetano e Gal.

Se eu soubesse rir me tornaria sonho
Se olhasse seu rosto aprenderia o tempo
Seria o tempo
Morrerei soturno, calado e obscuro
De um jeito banal sem aventuras e inventos
Nasceremos muitos enquanto nos tocamos as mãos!
Seremos palavras ou só desafios?
Seremos normais olhando loucos frívolos?
Cala-me com teu umbigo em furor normal!

Guarde bem cada bom sussurro
Guarde o vento  em um novo canto
Há mais vida na beira do inferno que no blasé colorido morrer.

Note meu desespero absurdo
Nos invente velhos em um canto
Que traduza o inesperado inferno
Que é sorrir lindo assim
É encantador o novo ver.


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