domingo, junho 28, 2009

O sabor d'ocê


Só queria ver o invento do ócio
Resonhar o amor enquanto ainda sócio
De não temer a dor.
Quero já saber o bom sabor do vento
Respirar e crer
Ter fé nos santos ungüentos
Da aventura de rir trocando os pés pelas mãos.

Venha e me navegue
Faça-me teu Nilo
Retome meu ser das mãos do desatino
Leve-me pelo teu cio
Faça-me teu sal.


Só queria ter da tarde um riso franco
Amigos e o fogo de lembrar do vento
Respirar tempos
Ter do hoje a soma do imenso murro
Do sabor de ver um céu em todo o beijo
Da força de ver e ser o toque das mãos
Foi a lua rara, a presa, o início
Um explendor de ser imenso em bom ofício
Ser poema em desalinho, verso, alma, imortal.

Sei que o tempo vezes mata tudo
Sei do inferno de esperanças e prantos
Mas da vida o fogo que no dá elo
É renascer, é sorrir e aprender.

Saiba o invento detes anjos rubros
Saiba o invento de nossos novos cantos
Quero a vida sugada dos versos
E pelo amor digo sim
Digo o sabor d'ocê.


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