domingo, junho 21, 2009

Todo o amor é de minúcias


Tantos muros entre nosssos dedos
Dedilhados muros e janelas
Nestas aspas, nestes jardins
Tantos novos sons e sins
Festas hoje são instâncias
Desesperos em carmim.

Estranho o vento em torno do luar!

Gritos roucos, amores, suores
Pelejas e vaidades
Nossa alma, repreendida
Regulada
Registrada
Os atos
Acorrentados.


Parca grade entre o normal
Nos separa, nos faz do banal
Uma nova história, um sal
Que sobre a noite fria
Reproduz a fantasia e escreve um dom, um tom
Um madrigal.

Esperanças recolhem-se ao mar!

Percebemos luas velhas pelas janelas
E nas trilhas das pedras
Recuperamos armas velhas
Palavras cegas
E todo o amor é de minúcias.

Pessoas morrem por nascerem sem mar!

Pedaços de vento
Cais e mar
Uma irrazão, o céu, o sal,
Cores que criam a espera, o estar repetindo a seu peito
Um lamento não desfeito que só um bem pode curar.

Todo o amor é de minúcias de luar.

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